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sexta-feira, 18 de março de 2011

A minha cidade.....

Hoje inicio as minhas postagens falando como a nossa cidade de Antonina foi castigada no ultimo fim de semana. Foi algo tão inesperado como assustador.Parece que passou um tsunami aqui e que atingiu boa parte da cidade.
Para tal, vou tentar descrever o que presenciei:

Olá família, boa noite.

Estamos bem e acredito que o pior já passou. As meninas estão bem, a Júlia em Itapoá com a avó dela e a Ethi aqui comigo na limpeza.
Passamos o maior susto, pois a chuva começou as 13 h mais ou menos e só parou pelas 16:30. Foi subindo, subindo e assim fui tentar fazer uma contenção.
No momento que está tentando conter a água, as meninas começaram a erguer o que elas podiam.
Quando percebi vi que não daria conta de conter a água e começei a erguer os mais pesados, como a máquina de lavar roupas, tv, fogão, etc...O que agüentei foi erguido, o que não foi pra fita. No auge da chuva, a água estava quase na rede elétrica e minha cunhada falou para sairmos que logo poderíamos ser eletrocutados. Ironicamente, usei minha prancha para tirar a filha da amiga da minha cunhada, enquanto alguns vizinhos ajudavam para tirar o que podiam e  para que todos saíssem.
Beleza, a água baixou, as meninas foram para o vizinho e eu fiquei em casa por medo de roubo.
Lá pelas 00:00, começou a chover forte e a água subiu assustadoramente rápido, pegando todos de surpresa, pois acredivam que já não corriam mais risco.
Logo após essa chuva parar, alguns barulhos que até então eu acreditava que eram trovões, iniciou os desmoronamentos e na manhã de sábado dava para ver os estragos que a chuva fez.
No sábado fomos para um hotel, eu, Ethi, Júlia, a Clá, Lú e Luiza.
Eu e a Ethi conversamos, e junto com elas achamos melhor que elas fossem embora e levassem a Júlia para Itapoá com a Vó Marli.
Elas sairam pela manhã e chegaram até que rápido em Curitiba, devido ao fato de que o pior estava na parte de baixo da rodovia onde os estragos foram maiores.
Como não podia ajudar em casa, fui para o QG de apoio e iniciamos atividades de recreação nos abrigos, no caminhão pipa, onde podia.
Fiquei até que feliz, se posso falar assim, pois o que via era muito pior do que nos aconteceu.
A água volta e para, a luz voltou rapidamente, os telefones pifaram uns dias, mais o mais louco foi ver o desespero do povo em busca de água mineral e mantimentos, divido ao fato de não saberem quanto tempo iria duram essa situação.
Agora, estamos bem, limpando a bagunça e pensando sobre o fato. As aulas não começaram e nem tem previsão, tem bastante água e mantimentos na cidade e um saldo até agora de 1600 pessoas desabrigadas, sem contar as que estão em casa de amigos e familiares.

No mais, encaminho algumas fotos, pois mesmo eu tentando escrever o que vi, as imagens falam mais do que mil palavras.

Beijos e abraços para todos.